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OPERAÇÃO RESPEITO AO PROFESSOR

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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

QUINTA-FEIRA, 16 DE FEVEREIRO DE 2012

Banalizamos



Qualquer brasileiro minimamente informado percebe que o percentual do montante de impostos empregados em investimentos públicos é incipiente; que o sistema de cotas é injusto tanto ou mais quanto o antigo sistema que pregava igualdade de condições entre os concorrentes, sendo o segundo injusto pela falta de isonomia antes do pleito e não na seleção, como o atual; que não se faz educação de qualidade ensinando crianças a baterem tambores ou fazendo-as acreditar que todos podem ser campeões olímpicos, adiando uma frustração inevitável, ao invés de ensinar-lhes ciências humanas, exatas e biológicas, cultura de verdade, além da cultura da bunda, dos brilhos, e atualidades sob uma visão analítica e não simplesmente crítica sob uma óptica esquerdista; que nosso sistema público de saúde tem o modelo mais includente do mundo, mas um dos mais mal administrados com descuidos, fraudes, corrupção de gestores, profissionais, fornecedores e fiscais; que pagamos taxas e impostos escorchantes enquanto recebemos serviços vergonhosos; que nossa classe política é inepta e desprovida de empatia com as necessidades populares; que nossos ministros são escolhidos pelo tamanho do seu curral eleitoral e não por sua competência em gerenciar as pastas para as pastas para as quais são selecionados; que os gastos públicos são imorais diante do que têm para gastar na sua sobrevivência os trabalhadores mortais; que os líderes esquerdistas dizem-se trabalhadores, mas recebem favores, pensões sem necessidade e fazem fortunas inexplicáveis e não declaradas para o fisco ao mesmo tempo que estão lutando pela redução das desigualdades sociais; que as quase quatro dezenas de partidos políticos não passam de quase quarenta balcões de negócios nem sempre, ou quase nunca, legais; que nossos dirigentes atuais vêm de grupelhos de assaltantes, assassinos, terroristas, abortistas, sindicalistas que não fazem qualquer trabalho produtivo; que a mentira repetida por eles são mais respeitadas do que a Constituição Federal; que as bolsas sociais nada mais são do que programas assistencialistas de compra de simpatia e de votos sem a preocupação por viciar a parte preguiçosa e despreparada da sociedade em esperar que o Estado e o vizinho resolvam seus problemas, da alimentação à moradia, da educação dos filhos à cesta de Natal, do transporte à busca de emprego, da falta de ideologia à negação das instituições seculares; que as estradas, telefônicas, presídios e aeroportos privados oferecem condições muito superiores de serviço e organização a seus usuários do que os mantidos pelo estado estelionatário; que a política em prol das minorias, mesmo as que não são minoria de fato, como mulheres, negros e pobres, são parte de uma tática gramsciana calcada em métodos absolutistas de obrigarem uma nação a ficar à mercê das convicções ideológicas de uma minoria esquerdista e mal intencionada que tem o cheque e o queijo nas mãos; que a Previdência Social não pode ser deficitária como os governos dizem porque esses mesmos governos nunca fizeram um balanço real da relação entre arrecadação e gastos em pensões, seguro desemprego e outros serviços sociais e que se o déficit existe de fato é pela má gestão dos recursos; que as avaliações escolares feitas pelo MEC, como Prova Brasil e ENEM, com a baixíssima exigência de conhecimento dos conteúdos curriculares são farsas com o intuito de maquiar as estatísticas de rendimento dos estudantes de escolas públicas, melhorando nossa falsa imagem para organismos internacionais, mesmo sabendo que quando as avaliações são sérias nos colocamos no final da fila entre países; que se a multidão de miseráveis promovida pelos dois últimos governos à condição de classe média realmente existisse na quantidade anunciada, os números de crimes, de déficit de moradias e de famintos pelas ruas teriam diminuído e não crescido de forma exponencial nos últimos anos...

Mesmo sabendo de tudo isso e de muitas outras mentiras oficiais, nós, cidadãos minimamente informados, continuamos moendo e remoendo tudo isso entre nós e, assim como os tucanos e democratas, não conseguimos transmitir as verdades sobre esses dados para os eleitores da corja vermelha e os preguiçosos mentais e os sem acesso à informação dolorosa e real continuam ouvindo apenas os “capitães” e “comandantes” – para quem odeias as forças armadas, os vermelhinhos adoram dar-se esses títulos militares – de estrelinhas contam, enquanto se fantasiam de salvadores da pátria, do planeta, da humanidade e da ética.



©Marcos Pontes

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