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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Os Pequenos Grandes Tiranos do Brasil – isto tem jeito?

Estamos numa época em que a sociedade coloca em “check” os processos de tirania no mundo, e é só verificar os casos dos governos do Oriente Médio e África, cujos governos se “eternizaram” através de déspotas no poder.

A democracia verdadeira não é isto. O continuísmo derrota todos os princípios de ética e moral vigentes, tanto assim que na maioria dos países para o principal cargo não se permite mais que uma re-eleição, o que já é muito. O Poder corrompe porque o ser humano é mesmo falível, então por que dar oportunidades maiores para que isto aconteça?

A troca constante de poder é um dos principais requisitos necessários para se formar um bom governo para o Povo, com novas idéias e a constante colocação de novas mentes para produzirem governos legítimos para o povo.

O continuísmo, seja de pessoas ou partidos, tende sempre a criar vícios próprios do processo de conduta inerentes não somente a este continuísmo, como também, favorecimento inter-pessoais de idéias e filosofias pessoais e partidárias. Isto é claro, em qualquer lugar do mundo. Mais claro ainda com as experiências vividas no Brasil nas ultimas décadas.

Então, no caso brasileiro especificamente, o poder executivo dos governos municipais, estaduais e federais já tem gatilhos legais que impendem a re-eleição além de uma. Acho até que deveria ser limitado mesmo uma única eleição, sem re-eleição.

Esse papo furado de que tem de dar continuidade aos projetos, as políticas, as idéias é demais de “sacana”. Que papo é esse? O único projeto que deveria existir se chama “o cidadão brasileiro”, o “povo”. A razão de existir de um poder governamental (executivo, legislativo e judiciário) é apenas e tão somente visando o bem estar do indivíduo do povo. Qualque outra alegação é inequivocamente pessoal ou partidária apenas.

A visão governamental universalista ainda não existe neste país, mas já era de ser criada e fundida à base do pensamento público.

Mas o pior do Brasil, não é o poder executivo, mas sim o legislativo e em seguida o judiciário.

Especialmente no poder legislativo, formamos aqui uma turminha de “tiranos” que ganham até nomes pomposos de “cardeais”, líderes de partido, chefes políticos, e outros adjetivos bastante vergonhosos, não a eles, mas ao Povo que os mantém em cena; este mesmo povo que é mantido culturalmente e politicamente “burro” propositalmente, assim mais fácil de ser manipulado.

Tivesse o país verdadeiros políticos em ética e moral, que lutassem de fato pelo Povo e para o Povo, não estaríamos hoje ainda tendo que discutir temas importantes da condução do executivo que nunca, nunca, nunca evoluem, jamais se resolvem.

Vejam o caso da saúde, educação e transporte público, alvo sempre de muitas promessas por parte do executivo e legislativo e que nunca, nunca, nunca são cumpridas.

O Poder Executivo Municipal, Estadual e Federal não cumprirem suas promessas de campanha já se tornou algo comum na cultura brasileira e ninguém mais liga para isto. Afinal, todos nós temos os nossos afazeres diários que nos impedem, na maioria das vezes de agir cobrando resultados.

Mas quem deveria fazê-lo? Entre tantas outras atividades importantes, os nossos políticos do Poder Legislativo é que deveriam estar nesta vanguarda, nesta cobrança diária, na fiscalização dos atos do executivo e principalmente se esmerando para atender os anseios da população e para isto foram eleitos.

O Poder Legislativo não somente é um órgão fiscalizador, uma das principais colunas da democracia, como também, eu o digo, a verdadeira coluna que sustenta a democracia. Como não temos esta coluna, vivemos uma democracia nepotista apenas.

Existe um continuísmo tirânico no processo eleitoral, claro, permitido por lei, mas que depõe contra os princípios de democracia, uma das bases que é troca constante de poder para impedir a formação de vícios próprios de quem detém este poder de legislar mas se encontra em situação de perpetuação, como múmias, por vários mandatos. Se você entrar no Senado, vai se sentir no Museu do Cairo, tem até cheiro de bolor.

Graças a algumas campanhas do tipo “não reeleja ninguém” houve uma troca considerável no âmbito do congresso, mas percebe-se que muitos deles ora eleitos vão se candidatar no tempo devido a este mesmo cargo, e com 50% de chances de reeleição. Ou seja, no frigir dos ovos, trocam-se aqueles que já estão muito velhos, com quatro ou mais mandatos nas costas, os caciques algumas vezes, mas outros vão substituindo os mesmos dando longevidade própria ao vício.

Dizem que política é como um vício de cachacinha, então acrescento, é um vício desgraçado que só mata pobres em filas no SUS.

Alguém já tentou falar com algum político eleito? Invariavelmente não vai conseguir. Na hora de buscar voto é uma pessoa, depois é “Tirano”, arrogante, prepotente, com motorista particular e um bando de puxa-sacos que os acompanha.

A Tirania é uma característica do circo de horror que é Brasília, basta ir ao Congresso e verificar por sua conta própria.

Isto não é diferente na Câmara dos Vereadores, e na Câmara dos Deputados Estaduais.

Uma vez que este cara que é nosso representante popular NÃO tem jeito de ser transformado em Sócrates, Platão, Rui Barbosa e muito menos Jesus Cristo, mesmo porque ele pouco se importa verdadeiramente com o POVO, vejo que a saída mais democrática para este nosso Brasil é mesmo impedir a re-eleição nos cargos legislativos e também a repetição e continuímos nos segundos escalões dos governos municipais, estaduais e federais dos mesmos “caras”. Mudam-se as calças, mas não se muda o conteúdo.

Esta história de cargos de confiança é uma balela que esconde apenas o nepotismo partidário.

Temos muitas múmias no poder legislativo no Brasil, múmias estas que só servem a si próprios e seu exacerbado nepotismo pessoal e partidário. Legislar para o Povo e pelo Povo é algo que nem passa pelas suas cabeças. A maior de todas as preocupações de cada um deles é manutenção do Poder em suas “hábeis” e “viciadas” mãos tirânicas.

E o Povo sofre, continua a sofrer nas mãos destes “pequenos grandes tiranos” que em absoluto não conhecem ninguém do Povo. O João ninguém é sempre o João ninguém.

A troca constante de Poder no legislativo certamente não produzirá milagres a curto prazo, mas incentivará o surgimento de novos e novos candidatos legitimamente engajados não em causas partidárias ou causas pessoais, mas homens e mulheres que efetivamente têm ideais de “liberdade, fraternidade e igualdade” entre os cidadãos brasileiros.

O direito e a possibilidade efetiva de permanência atualmente é que impõe neste momento políticas escusas e absolutamente contrárias ao Povo Brasileiro sem o menor questionamento.

A quase certeza de continuísmo fabrica vícios como campanhas sustentadas por empresas e grupos econômicos além de partidos igualmente viciados no poder. Obviamente, estas campanhas compradas por grandiosas corporações têm CEP direcionado.

Assim como partidos que recebem doações absolutamente milagrosas por apostas em “múmias do poder” teleguiadas pra resultados esperados e sabidos conforme os interesses da “kasta” social.

O Brasil é um país jovem, com uma vasta população de 190 milhões de habitantes e não são poucos, mas há muitos brasileiros capazes, honestos, éticos, morais e preparados para assumirem “este poder legislativo” sem os processos viciados da “Tirania Política” que toma conta do país.

Claro está que esta iniciativa é duramente mais difícil de implementar do que se imagina e se quer porquanto, quem faz leis e aprova neste sentido é somente o próprio Congresso. Nunca que as múmias darão um tiro no próprio pé de largar mão do “inebriante poder político”.

E que o Povo que se lixe, afinal vivemos no Brasil, um país de faz de conta…


Por Atama Moriya, em 29-03-2011 as 17:30hs.

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