Final do mundo
Publicado em 26 de janeiro de 2012 às 8:01 hs.
Sou da geração que cresceu sabendo que o mundo acabaria no ano 2000. A princípio, para quem nasceu em 1935, a data do apocalipse estava muito distante.
Como o tempo custa a passar para as crianças, esqueci aquela previsão e toquei tranquilamente a minha vida.
Concluí o ensino básico em Cuiabá, depois morei doze anos no Rio de Janeiro, onde achei que tudo já tivesse acontecido comigo.
Fiz o meu curso de Medicina, servi o exército brasileiro, casei-me com uma argentino-brasileira, vi nascer a bossa nova, participei e acompanhei muitos fatos históricos da recente história verdadeira do Brasil.
Retorno à minha Cuiabá. Aqui nasceram os meus três filhos, e percebi que o tempo começou a andar bem mais rápido quando os meus filhos se casaram e o meu ninho ficou vazio. Todos os meus seis netos nasceram antes do ano 2000.
De repente lembrei-me da história que ouvi quando criança sobre o fim do mundo. O ano 2000 estava chegando às minhas portas – a data fatal – e, em um rápido exame de consciência, percebi que tinha feito tão pouco, que precisava de uma prorrogação.
Enfrentei, abraçado com a minha família – todos vestidos de branco e rezando – a meia-noite do dia 31 de dezembro de 1999. Alegria, choro, abraços, solidariedade, os fogos de artifício pipocando pela cidade e o mundo continuou, não acabou.
Logo fomos presenteados com o amanhecer de um novo dia, e mais tarde, com o crepúsculo, anunciando outro anoitecer.
Apenas um equívoco dos alarmistas intérpretes do futuro. “Tudo não passou de uma brincadeira” – disse-me minha mãe, antes de completar noventa anos de expectativa da data final da humanidade.
Passado uma década desse susto, não tenho mais a companhia vital da minha mãe e da minha mulher.
Nova ameaça ganha as manchetes de revistas e jornais. Desta vez não há erro, – o final do mundo será no dia 21 de dezembro de 2012.
Baita sacanagem! Estamos gastando uma nota preta para fazer essa Copa do Mundo em Cuiabá, para o mundo acabar antes? Reclamar pra quem?
Ou tentamos com a NASA uma viagem apressada para a lua, onde conhecemos bem o caminho e não fica tão longe assim, ou pereceremos todos.
Arca de Noé? Nem pensar. O mundo evoluiu. Não concebemos mais tafuiá alguns privilegiados em um barco para se salvarem.
Diante do imponderável, sugiro que, daqui para frente, ninguém mais trabalhe e receba salário mínimo ultrapassando o teto constitucional – com direito a verba indenizatória de gabinete, auxílio moradia e para compra de livros e revistas.
Aluguel de avião pequeno, carro e moto. Correio, telefone, passagens de avião – sendo uma para o Rio de Janeiro – e emendas parlamentares a todos os cidadãos brasileiros.
O único plano de saúde será o atendimento no Hospital Sírio Libanês, podendo fazer convênio com outros congêneres como Albert Einstein, Samaritano, Oswaldo Cruz e alguns da rede privada do mesmo padrão. Fica extinto o SUS.
Falta tão pouco tempo para que tudo se acabe, que seria bom parar de gastar esse dinheirão nas obras da Copa e direcionar esses recursos para exterminar a miséria e fome neste país.
Fica também acertado que não adianta mais roubar dinheiro público, pois mesmo sendo uma atividade que goza de imunidade e impunidade no Brasil, de nada adiantará diante da catástrofe eminente.
Preparemo-nos para que, no dia marcado, estejamos vestidos com trajes elegantes. Todos de roupas importadas de grifes e barriga cheia de comida, com direito a chefes de cozinha, com os melhores vinhos do mundo, igual aquele que se tomou para comemorar uma eleição presidencial.
Iremos unidos para o mesmo lugar em situação de igualdade. E se falhar a previsão como das outras vezes?
Teremos um país mais justo, igualitário e humano.
Gabriel Novis Neves
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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
Decálogo de Lênin, Os 10 princípios da esquerda, O tradutor de comunismo, O duplipensar do PT
O “DECÁLOGO”, escrito por LÊNIN em 1913.
Em 1913, Lênin escreveu o “Decálogo” que apresentava ações táticas para a tomada do Poder.
a) Qualquer semelhança com os dias de hoje, não é mera coincidência.
b) Tendo a História se encarregado de pôr fim à questão ideológica, a meditação dos ideais, então preconizada, poderá revelar assombrosas semelhanças nos dias de hoje, senão vejamos:
1.. Corrompa a juventude e dê-lhe liberdade sexual;
2.. Infiltre e depois controle todos os veículos de comunicação de massa;
3.. Divida a população em grupos antagônicos, incitando-os a discussões sobre assuntos sociais;
4.. Destrua a confiança do povo em seus líderes;
5.. Fale sempre sobre Democracia e em Estado de Direito, mas, tão logo haja oportunidade, assuma o Poder sem nenhum escrúpulo;
6.. Colabore para o esbanjamento do dinheiro público; coloque em descrédito a imagem do País, especialmente no exterior e provoque o pânico e o desassossego na população por meio da inflação;
7.. Promova greves, mesmo ilegais, nas indústrias vitais do País;
8.. Promova distúrbios e contribua para que as autoridades constituídas não as coíbam;
9.. Contribua para a derrocada dos valores morais, da honestidade e da crença nas promessas dos governantes. Nossos parlamentares infiltrados nos partidos democráticos devem acusar os não-comunistas, obrigando-os, sem pena de expô-los ao ridículo, a votar somente no que for de interesse da causa socialista;
10.. Procure catalogar todos aqueles que possuam armas de fogo, para que elas sejam confiscadas no momento oportuno, tornando impossível qualquer resistência à causa…
==
DEZ PRINCÍPIOS DA ESQUERDA:
1) um esquerdista crê que não existe moral (no fundo o esquerdista crê apenas na moral que o favorece, isto é, “não roubar” para os outros mas um esquerdista pode roubar à vontade).
2) o esquerdista promove o anti-convencional, violenta os costumes e prefere a descontinuidade.
3) os esquerdistas querem derrubar tudo que seja pré-estabelecido.
4) os esquerdistas agem com imprudência e irresponsabilidade.
5) os esquerdistas desejam a uniformidade universal – (todo mundo igual, exceto eles, quando estão no poder usufruindo dos privilégios).
6) os esquerdistas não se impõem limites e acreditam que podem melhorar, aperfeiçoar e acabar com as imperfeições de tudo, inclusive do próprio ser humano (“para fazer uma omelete há que se quebrar os ovos”, eles dizem, e partem para quebrar todos os ovos mesmo que não consigam fazer omelete alguma).
7) os esquerdistas são contra a liberdade e a propriedade – preferem a escravidão, embora a chamem por outros nomes: igualdade, responsabilidade social, justiça social, etc.
8-os esquerdistas impõem coletivismo forçado.
9) o esquerdista deseja o poder desmedido e a liberação de todas as paixões humanas (marxismo clássico e marxismo cultural).
10) o pensador esquerdista não quer estabilidade – prega a revolução perpétua.
==
TRADUZINDO A LINGUAGEM COMUNISTA
“”Você é pretensioso= Você ousa achar que sabe algo que eu não sei, e isso é um absurdo.
Vamos decidir democraticamente= Que tal se a gente parar de discutir idéias e ao invés disso fizer um concurso de popularidade?
Precisamos melhorar a educação no Brasil=Precisamos emitir mais diplomas para mais pessoas.
Precisamos proteger o grupo XXX de discriminação=Precisamos criar a ilusão de que quem não der dinheiro para mim odeia o grupo XXX.
Precisamos regulamentar a profissão XXX=Precisamos entravar ao máximo possível o acesso à profissão XXX para aumentar os privilégios de quem tiver autorização para exercê-la.
Se eu deixar você fazer isso vou ter que deixar todo mundo=Não existe nenhum motivo coerente para esta regra existir mas eu gosto dela.
Sua opinião também é válida=Vou ignorar completamente a sua opinião.
Essas são as tendências mais modernas nos EUA e na Europa=Eu li na revista Veja que uma vez em 1976 alguém tentou isso no Canadá.
Todo mundo sabe que XXX=Eu não faço a menor idéia de por que estou defendendo que XXX seja verdade.
E, last but not least:
Há que se endurecer sem perder a ternura=Há que se perder a ternura mas sem admitir abertamente.”"‘
Trecho extraído do livro 1984
“Saber e não saber, ter consciência de completa veracidade ao exprimir mentiras cuidadosamente arquitetadas, defender simultaneamente duas opiniões opostas, sabendo-as contraditórias e ainda assim acreditando em ambas; usar a lógica contra a lógica, repudiar a moralidade em nome da moralidade, crer na impossibilidade da Democracia e que o Partido era o guardião da Democracia; esquecer tudo quanto fosse necessário esquecer, trazê-lo à memória prontamente no momento preciso, e depois torná-lo a esquecer; e acima de tudo, aplicar o próprio processo ao processo. Essa era a sutileza derradeira: induzir conscientemente a inconsciência, e então, tornar-se inconsciente do ato de hipnose que se acabava de realizar. Até para compreender a palavra “duplipensar” era necessário usar o duplipensar.“
O Pt faz isto o tempo todo! Porisso é difícil combatê-lo. E a maioria dos anti petistas tratam o PT como MAIS UM PARTIDO, o que é um grande erro.
RECOMENDO A LEITURA DE “1984“, de “A Revolução dos Bichos“, a primeira parte da “Política” de Aristóteles, especialmente a parte em que ele fala da ameaça que são. os sem-terras (sic) gregos, para a democracia grega.
São livros facílimos de se encontrar e básicos! Não me parece produtivo ler livros mais recentes e com linguagem difícil sem antes ter lido o básico.
O “DECÁLOGO”, escrito por LÊNIN em 1913.
Em 1913, Lênin escreveu o “Decálogo” que apresentava ações táticas para a tomada do Poder.
a) Qualquer semelhança com os dias de hoje, não é mera coincidência.
b) Tendo a História se encarregado de pôr fim à questão ideológica, a meditação dos ideais, então preconizada, poderá revelar assombrosas semelhanças nos dias de hoje, senão vejamos:
1.. Corrompa a juventude e dê-lhe liberdade sexual;
2.. Infiltre e depois controle todos os veículos de comunicação de massa;
3.. Divida a população em grupos antagônicos, incitando-os a discussões sobre assuntos sociais;
4.. Destrua a confiança do povo em seus líderes;
5.. Fale sempre sobre Democracia e em Estado de Direito, mas, tão logo haja oportunidade, assuma o Poder sem nenhum escrúpulo;
6.. Colabore para o esbanjamento do dinheiro público; coloque em descrédito a imagem do País, especialmente no exterior e provoque o pânico e o desassossego na população por meio da inflação;
7.. Promova greves, mesmo ilegais, nas indústrias vitais do País;
8.. Promova distúrbios e contribua para que as autoridades constituídas não as coíbam;
9.. Contribua para a derrocada dos valores morais, da honestidade e da crença nas promessas dos governantes. Nossos parlamentares infiltrados nos partidos democráticos devem acusar os não-comunistas, obrigando-os, sem pena de expô-los ao ridículo, a votar somente no que for de interesse da causa socialista;
10.. Procure catalogar todos aqueles que possuam armas de fogo, para que elas sejam confiscadas no momento oportuno, tornando impossível qualquer resistência à causa…
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DEZ PRINCÍPIOS DA ESQUERDA:
1) um esquerdista crê que não existe moral (no fundo o esquerdista crê apenas na moral que o favorece, isto é, “não roubar” para os outros mas um esquerdista pode roubar à vontade).
2) o esquerdista promove o anti-convencional, violenta os costumes e prefere a descontinuidade.
3) os esquerdistas querem derrubar tudo que seja pré-estabelecido.
4) os esquerdistas agem com imprudência e irresponsabilidade.
5) os esquerdistas desejam a uniformidade universal – (todo mundo igual, exceto eles, quando estão no poder usufruindo dos privilégios).
6) os esquerdistas não se impõem limites e acreditam que podem melhorar, aperfeiçoar e acabar com as imperfeições de tudo, inclusive do próprio ser humano (“para fazer uma omelete há que se quebrar os ovos”, eles dizem, e partem para quebrar todos os ovos mesmo que não consigam fazer omelete alguma).
7) os esquerdistas são contra a liberdade e a propriedade – preferem a escravidão, embora a chamem por outros nomes: igualdade, responsabilidade social, justiça social, etc.
8-os esquerdistas impõem coletivismo forçado.
9) o esquerdista deseja o poder desmedido e a liberação de todas as paixões humanas (marxismo clássico e marxismo cultural).
10) o pensador esquerdista não quer estabilidade – prega a revolução perpétua.
==
TRADUZINDO A LINGUAGEM COMUNISTA
“”Você é pretensioso= Você ousa achar que sabe algo que eu não sei, e isso é um absurdo.
Vamos decidir democraticamente= Que tal se a gente parar de discutir idéias e ao invés disso fizer um concurso de popularidade?
Precisamos melhorar a educação no Brasil=Precisamos emitir mais diplomas para mais pessoas.
Precisamos proteger o grupo XXX de discriminação=Precisamos criar a ilusão de que quem não der dinheiro para mim odeia o grupo XXX.
Precisamos regulamentar a profissão XXX=Precisamos entravar ao máximo possível o acesso à profissão XXX para aumentar os privilégios de quem tiver autorização para exercê-la.
Se eu deixar você fazer isso vou ter que deixar todo mundo=Não existe nenhum motivo coerente para esta regra existir mas eu gosto dela.
Sua opinião também é válida=Vou ignorar completamente a sua opinião.
Essas são as tendências mais modernas nos EUA e na Europa=Eu li na revista Veja que uma vez em 1976 alguém tentou isso no Canadá.
Todo mundo sabe que XXX=Eu não faço a menor idéia de por que estou defendendo que XXX seja verdade.
E, last but not least:
Há que se endurecer sem perder a ternura=Há que se perder a ternura mas sem admitir abertamente.”"‘
Trecho extraído do livro 1984
“Saber e não saber, ter consciência de completa veracidade ao exprimir mentiras cuidadosamente arquitetadas, defender simultaneamente duas opiniões opostas, sabendo-as contraditórias e ainda assim acreditando em ambas; usar a lógica contra a lógica, repudiar a moralidade em nome da moralidade, crer na impossibilidade da Democracia e que o Partido era o guardião da Democracia; esquecer tudo quanto fosse necessário esquecer, trazê-lo à memória prontamente no momento preciso, e depois torná-lo a esquecer; e acima de tudo, aplicar o próprio processo ao processo. Essa era a sutileza derradeira: induzir conscientemente a inconsciência, e então, tornar-se inconsciente do ato de hipnose que se acabava de realizar. Até para compreender a palavra “duplipensar” era necessário usar o duplipensar.“
O Pt faz isto o tempo todo! Porisso é difícil combatê-lo. E a maioria dos anti petistas tratam o PT como MAIS UM PARTIDO, o que é um grande erro.
RECOMENDO A LEITURA DE “1984“, de “A Revolução dos Bichos“, a primeira parte da “Política” de Aristóteles, especialmente a parte em que ele fala da ameaça que são. os sem-terras (sic) gregos, para a democracia grega.
São livros facílimos de se encontrar e básicos! Não me parece produtivo ler livros mais recentes e com linguagem difícil sem antes ter lido o básico.
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
17/01/2012 às 21:17
Celso Daniel: dez anos e oito cadáveres depois. Ou: Bruno Daniel, Gilberto Carvalho e José Dirceu
Nesta quarta, o seqüestro do então prefeito de Santo André, Celso Daniel, completa dez anos. Dois dias depois, seu corpo foi encontrado numa estrada de terra em Juquitiba. Desde aquele dia, tem-se uma fila imensa de cadáveres e poucas respostas. A tese do Ministério Público é a de que Celso foi vítima de um crime de encomenda, desdobramento de um esquema instalado na própria Prefeitura, coordenado por ele, destinado a desviar recursos para o PT. Membro do grupo, Sérgio Sombra, amigo pessoal do prefeito, é acusado de ser o mandante.
Até agora, o único condenado é Marcos Roberto Bispo dos Santos, o Marquinhos. O julgamento aconteceu no Fórum de Itapecerica da Serra. Adriano Marreiro dos Santos, seu advogado, diz que seu cliente confessou sob tortura. O Ministério Público reuniu evidências de que ele dirigiu um dos carros que abalroou a picape em que Celso estava, encomendou o roubo de outro veículo que participou da operação e conduziu a vitima da favela Pantanal, em Diadema, para Juquitiba, onde foi assassinada.
Bruno Daniel, um dos irmãos de Celso, afirma que, no dia da Missa de Sétimo Dia, Gilberto Carvalho, hoje secretário-geral da Presidência do governo Dilma, confessou que levava dinheiro do esquema montado na Prefeitura para a direção do PT. Carvalho lhe teria dito que chegou a entregar R$ 1,2 milhão ao então presidente do partido, José Dirceu. Carvalho e Dirceu negam. Bruno e sua família são os únicos brasileiros na França que gozam do estatuto oficial de “exilados”. Tiveram de deixar o país, ameaçados de morte. Francisco, o outro irmão, também teve de se mandar. Eles não aceitam a tese de que o irmão foi vítima de crime comum.
O ressentimento de Bruno - ele e a mulher eram militantes do PT - com o partido é grande. Ele acusa os petistas de terem feito pressão para que a morte fosse considerada crime comum. Outro alvo seu é o advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, então deputado federal pelo partido. Greenhalgh acompanhou a necropsia do corpo e assegurou à família que Celso não tinha sido torturado, o que foi desmentido pelo legista Carlos Delmonte Printes em relato feito à família. A tortura é um indício de que os algozes do prefeito queriam algo mais do que seqüestrá-lo para obter um resgate, o que nunca foi pedido. Por que Greenhalgh afirmou uma coisa, e o legista, outra? Difícil saber: no dia 12 de outubro de 2005, Printes foi encontrado morto em seu escritório. A perícia descartou morte natural e não encontrou sinais de violência. A hipótese de envenenamento não se confirmou. Não se sabe até agora o motivo.
Todos os mortos
A lista de mortos ligados ao caso impressiona. Além do próprio Celso, há mais sete. Um é o garçom Antônio Palácio de Oliveira, que serviu o prefeito e Sérgio Sombra no restaurante Rubaiyat em 18 de janeiro de 2002, noite do seqüestro. Foi assassinado em fevereiro de 2003. Trazia consigo documentos falsos, com um novo nome. Membros da família disseram que ele havia recebido R$ 60 mil, de fonte desconhecida, em sua conta bancária. O garçom ganhava R$ 400 por mês. De acordo com seus colegas de trabalho, na noite do seqüestro do prefeito, ele teria ouvido uma conversa sobre qual teria sido orientado a silenciar.
Quando foi convocado a depor, disse à Polícia que tanto Celso quanto Sombra pareciam tranqüilos e que não tinha ouvido nada de estranho. O garçom chegou a ser assunto de um telefonema gravado pela Polícia Federal entre Sombra e o então vereador de Santo André Klinger Luiz de Oliveira Souza (PT), oito dias depois de o corpo de Celso ter sido encontrado. “Você se lembra se o garçom que te serviu lá no dia do jantar é o que sempre te servia ou era um cara diferente?”, indagou Klinger. “Era o cara de costume”, respondeu Sombra.
Vinte dias depois da morte de Oliveira, Paulo Henrique Brito, a única testemunha desse assassinato, foi morto no mesmo lugar com um tiro nas costas. Em dezembro de 2003, o agente funerário Iran Moraes Rédua foi assassinado com dois tiros quando estava trabalhando. Rédua foi a primeira pessoa que reconheceu o corpo de Daniel na estrada e chamou a polícia.
Dionízio Severo, detento apontado pelo Ministério Público como o elo entre Sérgio Sombra, acusado de ser o mandante do crime, e a quadrilha que matou o prefeito, foi assassinado na cadeia, na frente de seu advogado. Abriu a fila. Sua morte se deu três meses depois da de Celso e dois dias depois de ter dito que teria informações sobre o episódio. Ele havia sido resgatado do presídio dois dias antes do seqüestro. Foi recapturado. O homem que o abrigou no período em que a operação teria sido organizada, Sérgio Orelha, também foi assassinado. Outro preso, Airton Feitosa, disse que Severo lhe relatou ter conhecimento do esquema para matar Celso e que um “amigo” (de Celso) seria o responsável por atrair o prefeito para uma armadilha.
O investigador do Denarc Otávio Mercier, que ligou para Severo na véspera do seqüestro, morreu em troca de tiros com homens que tinham invadido seu apartamento. O último cadáver foi o do legista Carlos Delmonte Printes. Perderam a conta? Então anote aí:
1) Celso Daniel : prefeito. Assassinado em janeiro de 2002.
2) Antonio Palacio de Oliveira : garçom. Assassinado em fevereiro de 2003
3) Paulo Henrique Brito : testemunha da morte do garçom. Assassinado em março de 2003
4) Iran Moraes Rédua: reconheceu o corpo de Daniel. Assassinado - dezembro de 2003
5) Dionizio Severo: suposto elo entre quadrilha e Sombra. Assassinado - abril de 2002
6) Sérgio Orelha: Amigo de Severo. Assassinado em 2002
7) Otávio Mercier: investigador que ligou para Severo. Morto em julho de 2003.
8 ) Carlos Delmonte Printes: legista encontrado morto em 12 de outubro de 2005.
PS : Evitem acusações nos comentários, ainda que a vontade seja grande, ok?
Por Reinaldo Azevedo
Celso Daniel: dez anos e oito cadáveres depois. Ou: Bruno Daniel, Gilberto Carvalho e José Dirceu
Nesta quarta, o seqüestro do então prefeito de Santo André, Celso Daniel, completa dez anos. Dois dias depois, seu corpo foi encontrado numa estrada de terra em Juquitiba. Desde aquele dia, tem-se uma fila imensa de cadáveres e poucas respostas. A tese do Ministério Público é a de que Celso foi vítima de um crime de encomenda, desdobramento de um esquema instalado na própria Prefeitura, coordenado por ele, destinado a desviar recursos para o PT. Membro do grupo, Sérgio Sombra, amigo pessoal do prefeito, é acusado de ser o mandante.
Até agora, o único condenado é Marcos Roberto Bispo dos Santos, o Marquinhos. O julgamento aconteceu no Fórum de Itapecerica da Serra. Adriano Marreiro dos Santos, seu advogado, diz que seu cliente confessou sob tortura. O Ministério Público reuniu evidências de que ele dirigiu um dos carros que abalroou a picape em que Celso estava, encomendou o roubo de outro veículo que participou da operação e conduziu a vitima da favela Pantanal, em Diadema, para Juquitiba, onde foi assassinada.
Bruno Daniel, um dos irmãos de Celso, afirma que, no dia da Missa de Sétimo Dia, Gilberto Carvalho, hoje secretário-geral da Presidência do governo Dilma, confessou que levava dinheiro do esquema montado na Prefeitura para a direção do PT. Carvalho lhe teria dito que chegou a entregar R$ 1,2 milhão ao então presidente do partido, José Dirceu. Carvalho e Dirceu negam. Bruno e sua família são os únicos brasileiros na França que gozam do estatuto oficial de “exilados”. Tiveram de deixar o país, ameaçados de morte. Francisco, o outro irmão, também teve de se mandar. Eles não aceitam a tese de que o irmão foi vítima de crime comum.
O ressentimento de Bruno - ele e a mulher eram militantes do PT - com o partido é grande. Ele acusa os petistas de terem feito pressão para que a morte fosse considerada crime comum. Outro alvo seu é o advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, então deputado federal pelo partido. Greenhalgh acompanhou a necropsia do corpo e assegurou à família que Celso não tinha sido torturado, o que foi desmentido pelo legista Carlos Delmonte Printes em relato feito à família. A tortura é um indício de que os algozes do prefeito queriam algo mais do que seqüestrá-lo para obter um resgate, o que nunca foi pedido. Por que Greenhalgh afirmou uma coisa, e o legista, outra? Difícil saber: no dia 12 de outubro de 2005, Printes foi encontrado morto em seu escritório. A perícia descartou morte natural e não encontrou sinais de violência. A hipótese de envenenamento não se confirmou. Não se sabe até agora o motivo.
Todos os mortos
A lista de mortos ligados ao caso impressiona. Além do próprio Celso, há mais sete. Um é o garçom Antônio Palácio de Oliveira, que serviu o prefeito e Sérgio Sombra no restaurante Rubaiyat em 18 de janeiro de 2002, noite do seqüestro. Foi assassinado em fevereiro de 2003. Trazia consigo documentos falsos, com um novo nome. Membros da família disseram que ele havia recebido R$ 60 mil, de fonte desconhecida, em sua conta bancária. O garçom ganhava R$ 400 por mês. De acordo com seus colegas de trabalho, na noite do seqüestro do prefeito, ele teria ouvido uma conversa sobre qual teria sido orientado a silenciar.
Quando foi convocado a depor, disse à Polícia que tanto Celso quanto Sombra pareciam tranqüilos e que não tinha ouvido nada de estranho. O garçom chegou a ser assunto de um telefonema gravado pela Polícia Federal entre Sombra e o então vereador de Santo André Klinger Luiz de Oliveira Souza (PT), oito dias depois de o corpo de Celso ter sido encontrado. “Você se lembra se o garçom que te serviu lá no dia do jantar é o que sempre te servia ou era um cara diferente?”, indagou Klinger. “Era o cara de costume”, respondeu Sombra.
Vinte dias depois da morte de Oliveira, Paulo Henrique Brito, a única testemunha desse assassinato, foi morto no mesmo lugar com um tiro nas costas. Em dezembro de 2003, o agente funerário Iran Moraes Rédua foi assassinado com dois tiros quando estava trabalhando. Rédua foi a primeira pessoa que reconheceu o corpo de Daniel na estrada e chamou a polícia.
Dionízio Severo, detento apontado pelo Ministério Público como o elo entre Sérgio Sombra, acusado de ser o mandante do crime, e a quadrilha que matou o prefeito, foi assassinado na cadeia, na frente de seu advogado. Abriu a fila. Sua morte se deu três meses depois da de Celso e dois dias depois de ter dito que teria informações sobre o episódio. Ele havia sido resgatado do presídio dois dias antes do seqüestro. Foi recapturado. O homem que o abrigou no período em que a operação teria sido organizada, Sérgio Orelha, também foi assassinado. Outro preso, Airton Feitosa, disse que Severo lhe relatou ter conhecimento do esquema para matar Celso e que um “amigo” (de Celso) seria o responsável por atrair o prefeito para uma armadilha.
O investigador do Denarc Otávio Mercier, que ligou para Severo na véspera do seqüestro, morreu em troca de tiros com homens que tinham invadido seu apartamento. O último cadáver foi o do legista Carlos Delmonte Printes. Perderam a conta? Então anote aí:
1) Celso Daniel : prefeito. Assassinado em janeiro de 2002.
2) Antonio Palacio de Oliveira : garçom. Assassinado em fevereiro de 2003
3) Paulo Henrique Brito : testemunha da morte do garçom. Assassinado em março de 2003
4) Iran Moraes Rédua: reconheceu o corpo de Daniel. Assassinado - dezembro de 2003
5) Dionizio Severo: suposto elo entre quadrilha e Sombra. Assassinado - abril de 2002
6) Sérgio Orelha: Amigo de Severo. Assassinado em 2002
7) Otávio Mercier: investigador que ligou para Severo. Morto em julho de 2003.
8 ) Carlos Delmonte Printes: legista encontrado morto em 12 de outubro de 2005.
PS : Evitem acusações nos comentários, ainda que a vontade seja grande, ok?
Por Reinaldo Azevedo
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Os Pequenos Grandes Tiranos do Brasil – isto tem jeito?
Estamos numa época em que a sociedade coloca em “check” os processos de tirania no mundo, e é só verificar os casos dos governos do Oriente Médio e África, cujos governos se “eternizaram” através de déspotas no poder.
A democracia verdadeira não é isto. O continuísmo derrota todos os princípios de ética e moral vigentes, tanto assim que na maioria dos países para o principal cargo não se permite mais que uma re-eleição, o que já é muito. O Poder corrompe porque o ser humano é mesmo falível, então por que dar oportunidades maiores para que isto aconteça?
A troca constante de poder é um dos principais requisitos necessários para se formar um bom governo para o Povo, com novas idéias e a constante colocação de novas mentes para produzirem governos legítimos para o povo.
O continuísmo, seja de pessoas ou partidos, tende sempre a criar vícios próprios do processo de conduta inerentes não somente a este continuísmo, como também, favorecimento inter-pessoais de idéias e filosofias pessoais e partidárias. Isto é claro, em qualquer lugar do mundo. Mais claro ainda com as experiências vividas no Brasil nas ultimas décadas.
Então, no caso brasileiro especificamente, o poder executivo dos governos municipais, estaduais e federais já tem gatilhos legais que impendem a re-eleição além de uma. Acho até que deveria ser limitado mesmo uma única eleição, sem re-eleição.
Esse papo furado de que tem de dar continuidade aos projetos, as políticas, as idéias é demais de “sacana”. Que papo é esse? O único projeto que deveria existir se chama “o cidadão brasileiro”, o “povo”. A razão de existir de um poder governamental (executivo, legislativo e judiciário) é apenas e tão somente visando o bem estar do indivíduo do povo. Qualque outra alegação é inequivocamente pessoal ou partidária apenas.
A visão governamental universalista ainda não existe neste país, mas já era de ser criada e fundida à base do pensamento público.
Mas o pior do Brasil, não é o poder executivo, mas sim o legislativo e em seguida o judiciário.
Especialmente no poder legislativo, formamos aqui uma turminha de “tiranos” que ganham até nomes pomposos de “cardeais”, líderes de partido, chefes políticos, e outros adjetivos bastante vergonhosos, não a eles, mas ao Povo que os mantém em cena; este mesmo povo que é mantido culturalmente e politicamente “burro” propositalmente, assim mais fácil de ser manipulado.
Tivesse o país verdadeiros políticos em ética e moral, que lutassem de fato pelo Povo e para o Povo, não estaríamos hoje ainda tendo que discutir temas importantes da condução do executivo que nunca, nunca, nunca evoluem, jamais se resolvem.
Vejam o caso da saúde, educação e transporte público, alvo sempre de muitas promessas por parte do executivo e legislativo e que nunca, nunca, nunca são cumpridas.
O Poder Executivo Municipal, Estadual e Federal não cumprirem suas promessas de campanha já se tornou algo comum na cultura brasileira e ninguém mais liga para isto. Afinal, todos nós temos os nossos afazeres diários que nos impedem, na maioria das vezes de agir cobrando resultados.
Mas quem deveria fazê-lo? Entre tantas outras atividades importantes, os nossos políticos do Poder Legislativo é que deveriam estar nesta vanguarda, nesta cobrança diária, na fiscalização dos atos do executivo e principalmente se esmerando para atender os anseios da população e para isto foram eleitos.
O Poder Legislativo não somente é um órgão fiscalizador, uma das principais colunas da democracia, como também, eu o digo, a verdadeira coluna que sustenta a democracia. Como não temos esta coluna, vivemos uma democracia nepotista apenas.
Existe um continuísmo tirânico no processo eleitoral, claro, permitido por lei, mas que depõe contra os princípios de democracia, uma das bases que é troca constante de poder para impedir a formação de vícios próprios de quem detém este poder de legislar mas se encontra em situação de perpetuação, como múmias, por vários mandatos. Se você entrar no Senado, vai se sentir no Museu do Cairo, tem até cheiro de bolor.
Graças a algumas campanhas do tipo “não reeleja ninguém” houve uma troca considerável no âmbito do congresso, mas percebe-se que muitos deles ora eleitos vão se candidatar no tempo devido a este mesmo cargo, e com 50% de chances de reeleição. Ou seja, no frigir dos ovos, trocam-se aqueles que já estão muito velhos, com quatro ou mais mandatos nas costas, os caciques algumas vezes, mas outros vão substituindo os mesmos dando longevidade própria ao vício.
Dizem que política é como um vício de cachacinha, então acrescento, é um vício desgraçado que só mata pobres em filas no SUS.
Alguém já tentou falar com algum político eleito? Invariavelmente não vai conseguir. Na hora de buscar voto é uma pessoa, depois é “Tirano”, arrogante, prepotente, com motorista particular e um bando de puxa-sacos que os acompanha.
A Tirania é uma característica do circo de horror que é Brasília, basta ir ao Congresso e verificar por sua conta própria.
Isto não é diferente na Câmara dos Vereadores, e na Câmara dos Deputados Estaduais.
Uma vez que este cara que é nosso representante popular NÃO tem jeito de ser transformado em Sócrates, Platão, Rui Barbosa e muito menos Jesus Cristo, mesmo porque ele pouco se importa verdadeiramente com o POVO, vejo que a saída mais democrática para este nosso Brasil é mesmo impedir a re-eleição nos cargos legislativos e também a repetição e continuímos nos segundos escalões dos governos municipais, estaduais e federais dos mesmos “caras”. Mudam-se as calças, mas não se muda o conteúdo.
Esta história de cargos de confiança é uma balela que esconde apenas o nepotismo partidário.
Temos muitas múmias no poder legislativo no Brasil, múmias estas que só servem a si próprios e seu exacerbado nepotismo pessoal e partidário. Legislar para o Povo e pelo Povo é algo que nem passa pelas suas cabeças. A maior de todas as preocupações de cada um deles é manutenção do Poder em suas “hábeis” e “viciadas” mãos tirânicas.
E o Povo sofre, continua a sofrer nas mãos destes “pequenos grandes tiranos” que em absoluto não conhecem ninguém do Povo. O João ninguém é sempre o João ninguém.
A troca constante de Poder no legislativo certamente não produzirá milagres a curto prazo, mas incentivará o surgimento de novos e novos candidatos legitimamente engajados não em causas partidárias ou causas pessoais, mas homens e mulheres que efetivamente têm ideais de “liberdade, fraternidade e igualdade” entre os cidadãos brasileiros.
O direito e a possibilidade efetiva de permanência atualmente é que impõe neste momento políticas escusas e absolutamente contrárias ao Povo Brasileiro sem o menor questionamento.
A quase certeza de continuísmo fabrica vícios como campanhas sustentadas por empresas e grupos econômicos além de partidos igualmente viciados no poder. Obviamente, estas campanhas compradas por grandiosas corporações têm CEP direcionado.
Assim como partidos que recebem doações absolutamente milagrosas por apostas em “múmias do poder” teleguiadas pra resultados esperados e sabidos conforme os interesses da “kasta” social.
O Brasil é um país jovem, com uma vasta população de 190 milhões de habitantes e não são poucos, mas há muitos brasileiros capazes, honestos, éticos, morais e preparados para assumirem “este poder legislativo” sem os processos viciados da “Tirania Política” que toma conta do país.
Claro está que esta iniciativa é duramente mais difícil de implementar do que se imagina e se quer porquanto, quem faz leis e aprova neste sentido é somente o próprio Congresso. Nunca que as múmias darão um tiro no próprio pé de largar mão do “inebriante poder político”.
E que o Povo que se lixe, afinal vivemos no Brasil, um país de faz de conta…
Por Atama Moriya, em 29-03-2011 as 17:30hs.
Estamos numa época em que a sociedade coloca em “check” os processos de tirania no mundo, e é só verificar os casos dos governos do Oriente Médio e África, cujos governos se “eternizaram” através de déspotas no poder.
A democracia verdadeira não é isto. O continuísmo derrota todos os princípios de ética e moral vigentes, tanto assim que na maioria dos países para o principal cargo não se permite mais que uma re-eleição, o que já é muito. O Poder corrompe porque o ser humano é mesmo falível, então por que dar oportunidades maiores para que isto aconteça?
A troca constante de poder é um dos principais requisitos necessários para se formar um bom governo para o Povo, com novas idéias e a constante colocação de novas mentes para produzirem governos legítimos para o povo.
O continuísmo, seja de pessoas ou partidos, tende sempre a criar vícios próprios do processo de conduta inerentes não somente a este continuísmo, como também, favorecimento inter-pessoais de idéias e filosofias pessoais e partidárias. Isto é claro, em qualquer lugar do mundo. Mais claro ainda com as experiências vividas no Brasil nas ultimas décadas.
Então, no caso brasileiro especificamente, o poder executivo dos governos municipais, estaduais e federais já tem gatilhos legais que impendem a re-eleição além de uma. Acho até que deveria ser limitado mesmo uma única eleição, sem re-eleição.
Esse papo furado de que tem de dar continuidade aos projetos, as políticas, as idéias é demais de “sacana”. Que papo é esse? O único projeto que deveria existir se chama “o cidadão brasileiro”, o “povo”. A razão de existir de um poder governamental (executivo, legislativo e judiciário) é apenas e tão somente visando o bem estar do indivíduo do povo. Qualque outra alegação é inequivocamente pessoal ou partidária apenas.
A visão governamental universalista ainda não existe neste país, mas já era de ser criada e fundida à base do pensamento público.
Mas o pior do Brasil, não é o poder executivo, mas sim o legislativo e em seguida o judiciário.
Especialmente no poder legislativo, formamos aqui uma turminha de “tiranos” que ganham até nomes pomposos de “cardeais”, líderes de partido, chefes políticos, e outros adjetivos bastante vergonhosos, não a eles, mas ao Povo que os mantém em cena; este mesmo povo que é mantido culturalmente e politicamente “burro” propositalmente, assim mais fácil de ser manipulado.
Tivesse o país verdadeiros políticos em ética e moral, que lutassem de fato pelo Povo e para o Povo, não estaríamos hoje ainda tendo que discutir temas importantes da condução do executivo que nunca, nunca, nunca evoluem, jamais se resolvem.
Vejam o caso da saúde, educação e transporte público, alvo sempre de muitas promessas por parte do executivo e legislativo e que nunca, nunca, nunca são cumpridas.
O Poder Executivo Municipal, Estadual e Federal não cumprirem suas promessas de campanha já se tornou algo comum na cultura brasileira e ninguém mais liga para isto. Afinal, todos nós temos os nossos afazeres diários que nos impedem, na maioria das vezes de agir cobrando resultados.
Mas quem deveria fazê-lo? Entre tantas outras atividades importantes, os nossos políticos do Poder Legislativo é que deveriam estar nesta vanguarda, nesta cobrança diária, na fiscalização dos atos do executivo e principalmente se esmerando para atender os anseios da população e para isto foram eleitos.
O Poder Legislativo não somente é um órgão fiscalizador, uma das principais colunas da democracia, como também, eu o digo, a verdadeira coluna que sustenta a democracia. Como não temos esta coluna, vivemos uma democracia nepotista apenas.
Existe um continuísmo tirânico no processo eleitoral, claro, permitido por lei, mas que depõe contra os princípios de democracia, uma das bases que é troca constante de poder para impedir a formação de vícios próprios de quem detém este poder de legislar mas se encontra em situação de perpetuação, como múmias, por vários mandatos. Se você entrar no Senado, vai se sentir no Museu do Cairo, tem até cheiro de bolor.
Graças a algumas campanhas do tipo “não reeleja ninguém” houve uma troca considerável no âmbito do congresso, mas percebe-se que muitos deles ora eleitos vão se candidatar no tempo devido a este mesmo cargo, e com 50% de chances de reeleição. Ou seja, no frigir dos ovos, trocam-se aqueles que já estão muito velhos, com quatro ou mais mandatos nas costas, os caciques algumas vezes, mas outros vão substituindo os mesmos dando longevidade própria ao vício.
Dizem que política é como um vício de cachacinha, então acrescento, é um vício desgraçado que só mata pobres em filas no SUS.
Alguém já tentou falar com algum político eleito? Invariavelmente não vai conseguir. Na hora de buscar voto é uma pessoa, depois é “Tirano”, arrogante, prepotente, com motorista particular e um bando de puxa-sacos que os acompanha.
A Tirania é uma característica do circo de horror que é Brasília, basta ir ao Congresso e verificar por sua conta própria.
Isto não é diferente na Câmara dos Vereadores, e na Câmara dos Deputados Estaduais.
Uma vez que este cara que é nosso representante popular NÃO tem jeito de ser transformado em Sócrates, Platão, Rui Barbosa e muito menos Jesus Cristo, mesmo porque ele pouco se importa verdadeiramente com o POVO, vejo que a saída mais democrática para este nosso Brasil é mesmo impedir a re-eleição nos cargos legislativos e também a repetição e continuímos nos segundos escalões dos governos municipais, estaduais e federais dos mesmos “caras”. Mudam-se as calças, mas não se muda o conteúdo.
Esta história de cargos de confiança é uma balela que esconde apenas o nepotismo partidário.
Temos muitas múmias no poder legislativo no Brasil, múmias estas que só servem a si próprios e seu exacerbado nepotismo pessoal e partidário. Legislar para o Povo e pelo Povo é algo que nem passa pelas suas cabeças. A maior de todas as preocupações de cada um deles é manutenção do Poder em suas “hábeis” e “viciadas” mãos tirânicas.
E o Povo sofre, continua a sofrer nas mãos destes “pequenos grandes tiranos” que em absoluto não conhecem ninguém do Povo. O João ninguém é sempre o João ninguém.
A troca constante de Poder no legislativo certamente não produzirá milagres a curto prazo, mas incentivará o surgimento de novos e novos candidatos legitimamente engajados não em causas partidárias ou causas pessoais, mas homens e mulheres que efetivamente têm ideais de “liberdade, fraternidade e igualdade” entre os cidadãos brasileiros.
O direito e a possibilidade efetiva de permanência atualmente é que impõe neste momento políticas escusas e absolutamente contrárias ao Povo Brasileiro sem o menor questionamento.
A quase certeza de continuísmo fabrica vícios como campanhas sustentadas por empresas e grupos econômicos além de partidos igualmente viciados no poder. Obviamente, estas campanhas compradas por grandiosas corporações têm CEP direcionado.
Assim como partidos que recebem doações absolutamente milagrosas por apostas em “múmias do poder” teleguiadas pra resultados esperados e sabidos conforme os interesses da “kasta” social.
O Brasil é um país jovem, com uma vasta população de 190 milhões de habitantes e não são poucos, mas há muitos brasileiros capazes, honestos, éticos, morais e preparados para assumirem “este poder legislativo” sem os processos viciados da “Tirania Política” que toma conta do país.
Claro está que esta iniciativa é duramente mais difícil de implementar do que se imagina e se quer porquanto, quem faz leis e aprova neste sentido é somente o próprio Congresso. Nunca que as múmias darão um tiro no próprio pé de largar mão do “inebriante poder político”.
E que o Povo que se lixe, afinal vivemos no Brasil, um país de faz de conta…
Por Atama Moriya, em 29-03-2011 as 17:30hs.
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