sexta-feira, 30 de setembro de 2011
LULISMO E O ESTADO BRASILEIRO: VULNERABILIDADE
Existe um vento que vem do exterior induzindo a mente para a existência de um mundo globalizado. E, esta mensagem não é má, exceto pelo fato dela estar infundindo subjetivamente que não existe mais nacionalidade, e nem é mais necessário pensar em autonomia, defesa e independência do Brasil.
Assim sendo, nota-se claramente que a filosofia disseminada pelo atual sistema do governo brasileiro vai de encontro a quaisquer planos estratégicos de defesa e de antecipação a atitudes bélicas dos outros países contra o Brasil. Logo, nesta onda de acatar as mensagens dos ventos exteriores, então, falar em força armada e em defesa nacional no Brasil tornou-se algo inerente à era medieval.
Contudo, contrapondo a esta aceitação subjetiva que é difundida pelos quatro ventos, deve-se observar atentamente os fatos reais da história da atualidade. Nota-se claramente que grande parte dos países que fala em globalização investe vultosamente em força armada, não só a mantendo, mas a equipando. Parece que este tipo de procedimento destes países é conseqüência do instinto de sobrevivência dos respectivos povos.
Paralelamente a esta constatação, parece que, em pleno século XXI, mundo volátil e globalizado, a humanidade não se prestará mais a empreender guerras; contudo, totalmente contrária à onda de pensamento disseminada, então, o que se nota são guerras realizadas cada vez em maior número, com armamentos cada vez mais sofisticados, e, quase sempre por questões econômico-expansionistas.
Diante desta realidade, parece que o povo brasileiro tem acatado o discurso populista da atualidade, e se porta de forma avessa a este tema – o que seria uma fuga ao que acontece no mundo.
Assim sendo, é necessário se inicie planos estratégicos de defesa e de consolidação do país Brasil, e, que se combata com firmeza esta idéia disseminada nas últimas duas décadas, a qual insinua que, defesa nacional e força armada constituem-se em matéria própria dos castelos feudais.
Nesta linha de pensamento, tomamos a liberdade de transcrever um manifesto de autoria de Ivan Frota. E, antes de reputá-lo por quirografário por ter sido ele compilado por um militar brasileiro, é mais aceitável imaginar que tenha sido feito por um sociólogo; e, desta forma se possa avaliar com serenidade o seu conteúdo.
A história recente nos ensina que, quando república velha na década de 60, o Brasil também sofria de uma endemia populista sobre uma população de quase 50% de analfabetos; era, portanto, um país vulnerável, tanto ao bloco comunista quanto ao capitalista. E, a história registra de um destes blocos implantou aqui um regime de exceção, justamente para evitar que o outro grande bloco fizesse o mesmo.
Hoje não temos mais 50% de analfabetos; contudo, o sistema educacional brasileiro adotado nas últimas tres décadas criou uma geração de brasileiros "funcionalmente analfabetos"; portanto, também susceptivel ao populismo "barato" e aos ventos exteriores.
Este manifesto é uma maneira de alertar o povo brasileiro, o qual condena as atitudes chavistas na Venezuela, mas não está percebendo tais táticas políticas estão sendo impostas aqui de uma forma sutil, mas muito mais incisiva. Não é por qualquer motivo que conteúdos como o que contém este manifesto não são disseminados de forma ostensiva pelo lulismo atual.
Segue, então, a transcrição do manifesto citado:
“ATUAIS AMEAÇAS AO ESTADO BRASILEIRO
7 de setembro de 1822
Nesse dia, com o Grito do Ipiranga, a Nação
Brasileira ganhou identidade, independência,
soberania e liberdade. Hoje, corremos grande
risco de perdê-las.
CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS
Enfrenta a Nação Brasileira, neste instante, uma fase de perigoso
retrocesso político, moral e intelectual, gerada por acidentes históricos, de
caráter eleitoral, que submeteram o País ao poder de interesses políticos,
conduzidos por lideranças contrárias aos valores tradicionais da sociedade
brasileira.
Há mais de duas décadas, o que, a princípio, vinha sendo anunciado
como“consolidação da democracia” pelas “predestinadas” figuras de
líderes populistas foi-se tornando visível, pela concretização das intenções
que moviam tal “consolidação democrática”, frustrando a expectativa da
sociedade, por natureza, complacente.
Pequenos deslizes de natureza política deram lugar a comprovados e,
portanto, deploráveis casos de corrupção aos olhos perplexos da Nação que
esperava, inversamente, uma mudança drástica de comportamento político,
ou seja, a valorização da competência, da responsabilidade, da justiça e da
honestidade no trato da coisa pública.
A quantidade e a dimensão dos desvios administrativos foram-se
agigantando de tal modo, que poucas palavras já não são suficientes para
defini-los.
Resolveu, então, a Academia Brasileira de Defesa (ABD), por
intermédio de seus membros, fazer um levantamento das distorções de
propósitos da tão propalada “consolidação democrática”, que estão pondo
em risco a segurança e, em razão desse risco, a própria integridade do
Estado Brasileiro.
A enumeração dos principais tópicos que se referem a essas
distorções desnuda os inúmeros perigos que rondam, ameaçadoramente, a
soberania, a moral e o próprio Estado de Direito em nosso País.
Arbitrou-se a ABD apresentar tais ameaças, agrupadas em títulos
que, tradicionalmente, compõem o conjunto do Poder Nacional de um
Estado.
EXPRESSÃO POLÍTICA
ABSOLUTISMO DO PODER POLÍTICO
- Nepotismo explícito e exagerado“aparelhamento” político e ideológico
dos quadros públicos com a multiplicação de órgãos de governo, ocupados
por militantes dos partidos vitoriosos e dos demais partidos coligados,
mormente os cargos de nível ministerial. Não se levando em conta a
meritocracia, é pertinente a afirmação de que a maioria desses ocupantes
não apresenta a qualificação indispensável ao desempenho de suas funções.
-Falência da imagem da “oposição” no legislativo federal, caracterizando a
figura do “partido único”.
-Ausência de independência do Judiciário em relação ao Executivo.
-Ostensiva cooptação eleitoral por meio de distribuição de demagógicas
benesses financeiras com o dinheiro público (“bolsa-família”, UNE,
indenizações políticas, MST, etc.).
CORRUPÇÃO PANDÊMICA E IMPUNIDADE
-Desonestidade e total irresponsabilidade com o dinheiro público, nos
Poderes da República – Executivo, Legislativo e Judiciário, nos níveis
administrativos federal, estadual e municipal -, como também nas empresas
públicas, nos fundos de pensão e nos partidos políticos, em tal dimensão,
que inviabilizam qualquer tipo de empreendimento público, considerados
os valores dos ilícitos cobrados, que variam de 4% a 50%.
-Crescente evasão financeira em decorrência da desonestidade habitual na
gestão das responsabilidades públicas, o que, por sua vez, concorre para
que sejam pagos, pela sociedade brasileira, os maiores impostos do mundo
em relação aos de outros países.
-Ausência de sanções político-criminais como penas de reclusão, multas e
a devolução dos recursos desviados dos cofres públicos, devido às espúrias
“blindagens”decorrentes do corporativismo e dos alinhamentos político-
ideológicos. A demissão e o afastamento da função são as únicas sanções,
eventualmente adotadas, quando deveriam ser somente o início do processo
punitivo.
ABUSO DA PRÁTICA DA “DIPLOMACIA PRESIDENCIAL”
-Desvirtuamento da tradicional e respeitada diplomacia do Itamaraty pela
intromissão direta e indevida, do Presidente, em ações diplomáticas
executivas, quase sempre, desprezando o assessoramento dos quadros
profissionais do Serviço Diplomático.
TIBIEZA E INCOMPETÊNCIA NAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS
-Pusilanimidade dos governos, ao cederem às pressões internacionais de
toda ordem, devido ao alinhamento ideológico, razão da excessiva
condescendência com governos de esquerda, no continente americano e no
mundo (Cuba, Venezuela, Bolívia, Equador, Peru, Irã, etc.). Movidos,
também, por fatores presumíveis, deixam-se, contraditoriamente, persuadir,
pelos governos que a estes países se opõem. Constata-se um jogo político
de dupla face, nocivo aos interesses brasileiros.
-Sem nenhum indício de planejamento e consenso diplomático, visando a
uma sólida defesa da posição geopolítica conquistada pelo Brasil no
cenário internacional, tornou-se uma constante, no campo político das
decisões, sobreporem os interesses estrangeiros aos interesses brasileiros.
Fica, assim, constatada a Diplomacia da Generosidade.
-Alguns exemplos dessa prática no continente sul-americano são a entrega,
indiferente e leniente, da refinaria da Petrobras para a Bolívia; a revisão
prática do Tratado de Itaipu, com concessões que ultrapassam os limites da
justeza do Acordo, como o aumento de preço da energia fornecida pelo
Paraguai; os financiamentos favorecidos a Cuba; a passividade em face dos
abusos de Rafael Correa (Equador) contra a Odebrecht; etc.
SOBERANIA E INTEGRIDADE NACIONAIS
-Agravos à soberania nacional pela subordinação da política
governamental a ditames provindos de fontes externas de poder – Estados
estrangeiros, agentes econômicos e movimentos conservacionistas e
ambientalistas– que visam, também, a dificultar o desenvolvimento do
País. Apoiada por ONG de inspiração forânea, esta diversidade de agentes
dispõe de total liberdade de ação em território brasileiro, fato inadmissível
em nações mais desenvolvidas.
-Perigo de perda de território e de “balcanização” do País, com fatos
concretos de absurdas cessões de propriedade, nas regiões desenvolvidas
do País, para pretensos grupos quilombolas, e, nas demarcações de extensas
reservas indígenas, na Amazônia, em áreas fartas de recursos estratégicos,
raros e de valor inestimável, incluindo, nessa alienação fundiária, as terras
da União previstas na CF-88 (Art. 20, § 2.º e Emenda Constitucional
n.º.23/1999), como “faixa exclusiva de fronteira”.
-A criminosa adesão à Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas,
abrindo caminho para perigosas reivindicações de independência política
das terras que ocupam, com o apoio de algumas instituições religiosas a
serviço de outros governos.
-Tais ações, conduzidas por organismos internacionais, por ONG de
atividades duvidosas, resultam da antipatriótica condescendência que tem
marcado as frágeis políticas de governo, contrariando os legítimos
interesses brasileiros e motivando o surgimento de perigosos sentimentos
divisionistas.
-Além disso, a maneira como vem sendo formulada e implementada a
política indigenista, a reboque de pressões externas e de acordos espúrios
firmados por nossa diplomacia, gera conflitos perturbadores na atividade
econômica, desestabiliza a Federação e fragiliza a plena soberania
brasileira sobre seu território.
EXPRESSÃO ECONÔMICA
INSEGURA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL DA ECONOMIA
-Inexistência de um plano nacional de desenvolvimento, com ausência de
política econômica definida e a consequente falta de estratégias e diretrizes
correlatas, vinculadas a orçamentos e programas, bem como de definição
de responsabilidades pelo seu cumprimento.
-Desnacionalização da economia por meio da troca por “moeda de papel”
de ativos e bens nacionais, incluindo a absorção ou a perda de controle
acionário de empresas para entidades alienígenas não residentes, algumas
estatais.
DEPENDÊNCIA ECONÔMICA
-Declínio da participação industrial na formação do PIB nacional, devido
ao elevado custo de produção (Custo Brasil); favorecimento das
importações; pauta de exportações alicerçada em “commodities” e não em
produtos industrializados; perda da competitividade; excesso de
“consumismo”;contrabando e pirataria.
DESCONTROLE FINANCEIRO
-“Bolha” de crédito com estímulo à entrada de capital especulativo e com
elevadas taxas de juros (a maior do mundo).
-Valorização excessiva do mercado imobiliário das grandes cidades, com
grave risco de falências em bloco, após a copa do Mundo e as Olimpíadas.
-Crescimento dos índices inflacionários bem acima dos limites
estabelecidos.
INFRAESTRUTURA LOGÍSTICA
-Marinha Mercante inexistente, fato que atenta contra a soberania e a
segurança nacionais, tendo em vista que cerca de 90% do comércio exterior
do País transita pelo mar. Quase a totalidade dos navios petroleiros da
FRONAPE são licenciados com terceiras bandeiras, e oficiais da Marinha
Mercante estão a serviço dos navios da TRANSPETRO.
-Sistema rodoviário falido, apesar dos bilhões de reais do orçamento do
DNIT, solapados pela desídia e pela corrupção dos administradores
encarregados dos diferentes modais.
-Crescente demanda por transporte (terrestre, aquático e aéreo), tanto nas
áreas urbanas quanto interurbanas, poderá levar o País, em curto e médio
prazos, a um grave estrangulamento logístico de consequências
imprevisíveis.
-Oferta de energia elétrica já abaixo da necessidade, sem previsão de
implantação de novas fontes de fornecimento, devido à incompetência
governamental de gerenciar as obras em andamento.
VULNERABILIDADE DA PRODUÇÃO PETROLÍFERA
-A exploração do petróleo offshore, em especial a do “pré-sal”, carece,
totalmente, de proteção contra ataques terroristas e de terceiras potências,
cujas agressões, se efetivadas, poderão paralisar a produção nacional.
EXPRESSÃO PSICOSSOCIAL
ENFRAQUECIMENTO DA SOCIEDADE POR MEIO DA
DECADÊNCIA MORAL
-Destruição do núcleo familiar e distorção do seu tradicional conceito, com
efeitos nefastos na manutenção dos valores cristãos, transmitidos às
crianças no lar e que se solidificavam na escola para toda a vida. Nesse
“moderno”ambiente familiar, talvez não haja mais lugar para o
mandamento cristão – Honrar Pai e Mãe.
-Degradação da moral e da ética, com incentivo à aceitação de
relacionamentos homossexuais, por meio da distribuição pelo governo, nas
escolas do primeiro grau, de kits com material para conhecimento dessa
prática, sob a denominação de “estímulo ao conhecimento da diversidade
sexual”.
REVISIONISMO HISTÓRICO E DIVISIONISMO RACIAL
-Perda do respeito aos pais, às instituições, ao patrimônio público, aos
feitos e vultos históricos e aos símbolos da nacionalidade, mediante a
prática de verdadeiro revisionismo histórico. A História do Brasil tem sido
escrita, segundo a visão marxista de seus autores e, assim, vem sendo
transmitida às gerações atuais de estudantes.
-Mais de quinhentos anos da história do País têm sido, simplesmente,
reduzidos ao conflito entre opressores e oprimidos, pobres e ricos, brancos
e negros, elite européia e índios espoliados. Perdem-se, pois, os
fundamentos da própria nacionalidade.
-Estímulo ao divisionismo étnico com a implantação das “cotas raciais”.
-Ódio racial – veneno diariamente inoculado.
-O histórico orgulho brasileiro da miscigenação exemplar e pacífica cai,
agora, por terra, com a introdução das cotas raciais para quase todas as
atividades da sociedade, onde se reuniu, de um lado, os brancos e, do outro,
os pardos ou não brancos (nestes, incluídos os negros, mulatos, índios,
mamelucos, amarelos e outros).
BAIXO NÍVEL DO SISTEMA EDUCACIONAL
-Precariedade do ensino, tanto intelectual quanto comportamental; seu uso
como instrumento de doutrinação político-partidária e não como fator de
desenvolvimento individual e social. Não sem razão, o Brasil de hoje
encontra-se nas últimas posições no Programa Internacional de Avaliação
de Alunos (PISA).
-Uso da Pedagogia e da Sociolingüística para fins de doutrinação da
juventude, com deturpação das regras gramaticais e redacionais, negando-
lhe, assim, a cognição, a fim de conduzi-la a um patamar cultural propício à
sua dominação pelo Estado.
EXPRESSÃO MILITAR
FORÇAS ARMADAS DESATUALIZADAS E DESPREPARADAS
-Incapacidade de manter o respeito internacional, de garantir a soberania
do País e de responder, à altura, a eventuais ameaças externas, além de
comprometer a integridade nacional, não despertando a confiança da
comunidade mundial para aceitar o Brasil como membro permanente do
Conselho de Segurança da ONU.
-Essa mesma comunidade mundial, por sua vez, exerce influência no
governo brasileiro para que mantenha as Forças Armadas defasadas e
impotentes para reagir, caso se concretize qualquer ameaça à integridade
territorial. As peças do jogo de xadrez político são unicamente mexidas
pelos“parceiros” de além-fronteiras.
-Dotações orçamentárias insuficientes que, ainda, sofrem severos
contingenciamentos rotineiros, que impedem o reaparelhamento e o
preparo dos meios militares com qualidade e quantidade adequadas,
cenário agravado por uma humilhante política de achatamento salarial da
tropa (o mais baixo nível de remuneração do serviço público federal).
-Uso do argumento de “índole pacífica do povo brasileiro” para justificar a
criminosa desatenção contra eventuais aventuras belicistas de gananciosos
agentes externos, ávidos de usufruir dos bens de seu imenso e rico
território. Acresce-se a este primário argumento outro de maior peso e que
se evidencia, a cada dia: os países que detêm riquezas minerais e hídricas,
mas inexistentes, ou em fase de esgotamento, nos demais países, vêm
sofrendo investidas políticas dessas nações belicistas, no sentido de
manterem improdutivo o seu parque de material de defesa e desaparelhadas
as suas Forças Armadas. Se a beligerância não é própria do brasileiro, tem
sido a característica de dominação de outros povos.
-Esquecem-se esses que – “Entre nações não existe amizade, mas, sim,
interesses”,e que “uma nação pode permanecer 100 anos sem ter uma
guerra, porém, não poderá passar nem um minuto sequer sem estar para ela
preparada”.
Tentativa de romper a harmonia das Forças Armadas com a quebra da
hierarquia e da disciplina, pela submissão das punições disciplinares à
apreciação judicial e pela criação artificial de divisões entre ativos e
inativos e entre oficiais e praças.
-Imposição da admissibilidade de costumes, práticas e características
individuais incompatíveis com os requisitos indispensáveis ao bom
desempenho das atividades castrenses.
-Condescendência, no mínimo, ingênua dos chefes militares pela aceitação
silenciosa de um comportamento gramscista, que lhes impõe idéias
antagônicas às tradições militares, sob a roupagem camuflada do
“politicamente correto”. Tal condescendência muito afetará o ensino militar
brasileiro, que deixará de ser “autóctone” para assimilar conceitos
perniciosos que serão transferidos aos alunos dos colégios e das escolas
militares e à própria Nação.
-No campo interno, ressalta o revanchismo político e a subversão
ideológica, praticados por elementos ligados ao partido governista,
sistematicamente, direcionados contra as Forças Armadas, como
instrumento de sua desagregação na sociedade, funcionando como traição
ao País, com feições de um pouco inteligente suicídio nacional
EXPRESSÃO CIENTÍFICO-TECNOLÓGICA
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
-Educação não comprometida com a formação de mão de obra qualificada
nem com o desenvolvimento técnico-científico, gerando um elevado
número de analfabetos funcionais (20,3%), tornando o País um eterno
dependente e importador de tecnologia avançada.
-Regras excessivamente castradoras das Universidades brasileiras,
impostas pelo governo federal, que dificultam a formação de doutores e
lhes limitam as ações, o que praticamente inviabiliza a pesquisa séria e
torna quase impossível a criação e o registro de patentes nacionais.
SISTEMA BRASILEIRO DE INTELIGÊNCIA (SISBIN)
-Vulnerabilidade a ataques cibernéticos contra os sistemas informatizados
do País – governamentais, econômicos, políticos, militares, técnico-
científicos, de segurança pública, etc., sem a respectiva capacidade
tecnológica necessária para se contrapor a tais ações.
-Impossibilidade de o Estado atuar na produção e na difusão de
conhecimentos indispensáveis ao processo decisório governamental, devido
às limitações impostas pela própria legislação que o regulamenta.
CONCLUSÃO
Este documento caracteriza DESESPERADA denúncia ao povo
brasileiro, visando a alertá-lo sobre os perigos que estão levando o País a
uma situação de instabilidade institucional como, também, de grave
vulnerabilidade estratégica.
No âmbito interno, foi atingido o grau mais elevado de corrupção e
de descontrole do poder público, levando a sociedade brasileira a perder a
confiança nas instituições maiores e ter dúvidas quanto à efetiva vigência
do Estado de Direito, em nosso Território.
Os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, sistematicamente,
assumem posições que depõem contra a seriedade no desempenho de suas
responsabilidades funcionais.
No campo internacional, o planeta demonstra perigosa fragilidade de
coesão em consequência da insegurança econômica coletiva, que não
poupa, nem mesmo, as outrora inexpugnáveis nações. Evidencia-se, ainda,
a instabilidade política epidêmica, com foco no Oriente Médio,
acompanhada de decorrentes lutas fratricidas.
Assim, a crise do sistema financeiro internacional e a possibilidade
de eclosão de vários conflitos políticos regionais, em face da atual
insegurança institucional do Estado Brasileiro, poderão estimular o
recrudescimento da cobiça externa, no sentido de a cúpula do “governo
mundial”aproveitar a oportunidade da convulsão doméstica, para antecipar
a execução de seus eternos planos de dominação.
É, pois, fundamental e urgente, que providências objetivas sejam
ultimadas para interromper o perigoso ciclo descendente na vida nacional.
Três medidas simultâneas, de caráter emergencial, destacam-se como
prioritárias para o Brasil, neste momento:
-Limpeza orgânica do tecido, em franca decomposição, do Estado
Brasileiro, com a punição dos corruptos e irresponsáveis do poder público,
e a adoção de comportamento restritivo e vigilante que atue nos pontos
críticos desse verdadeiro caos social.
-Elaboração de objetivo programa de reequipamento militar, de
modo a conferir, em prazos curtos, real efeito dissuasório para as Forças
Armadas, no contexto internacional.
-Atitude enérgica do Povo Brasileiro para protestar, por meio de
manifestações coletivas e contínuas a se realizarem em todos os pontos do
País, a fim de exigir das autoridades governamentais a correção de todas as
ameaças ao Estado Democrático de Direito, denunciadas neste documento.
Rio de Janeiro, 7 de setembro de 2011
Ivan Frota
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