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terça-feira, 9 de agosto de 2011

CELSO AMORIM, UM COMUNISTA NA DEFESA!

AMORIM, UM COMUNISTA NO MIN DEF?


Celso Amorim e as forças armadas brasileiras



Ivanaldo Santos



Causou muita surpresa a indicação de Celso Amorim, um histórico militante marxista, para a vaga de ministro da defesa. O problema não é o fato de ele ser uma espécie de fiel da religião chamada socialismo-marxismo. Todo cidadão tem o direito de ter uma convicção filosófica, ideológica e até mesmo religiosa. A questão não se resume ao fato de que Celso Amorim, em um passado recente, ter militado na oposição e até mesmo ter defendido posições políticas e estratégias contrárias aos militares brasileiros.

Teoricamente, quando um cidadão toma posse de um cargo público de alta relevância para a nação, como é o caso da pasta do ministério da defesa, deve deixar de lado suas convicções ideológicas e, por conseguinte, lutar em prol da nação, do bem estar do povo e da nação.

O problema é que isso não acontece com Celso Amorim. Resumidamente vamos apresentar esse problema em três argumentos.

O primeiro argumento é o fato de Celso Amorim não conhecer nada sobre as forças armadas brasileiras. O que ele tem em mente é um vago conjunto de ideias, ou melhor, de preconceitos oriundos da militância marxista nas décadas de 1960 e 1970. Para ele – e para muitos esquerdistas – as forças armadas são apenas um instrumento de dominação burguesa. Por esse fato, a melhor coisa que pode ser feita com as forças armadas do Brasil é o sucateamento e de preferência a extinção. É estranho que um país como o Brasil, que possui muitos generais que poderiam comandar, de forma competente, o ministério da defesa, tenha um ministro como Celso Amorim que, na melhor das hipóteses, tem os piores projetos para as forças armadas nacionais.

O segundo argumento é a atual situação geoestratégica do mundo. De um lado, vê-se, de forma clara, que países na América Latina, como a Venezuela, estão se armando, melhorando seus exércitos e instalações militares. Do outro lado, vê-se ao redor do mundo uma nova corrida armamentista. Países, como, por exemplo, o Irã, a Síria, a Rússia, a China, estão investindo, cada vez mais, no aprimoramento da força militar. Uma opinião que está se formando na geopolítica internacional é que o século XXI poderá ser um novo século de movimentos de exércitos. Nesse contexto o país que não tiver uma força militar a altura poderá perder influência política e até mesmo sofrer invasões estrangeiras. Dentro desse contexto, pergunta-se: o que um radical marxista, como Celso Amorim, que não sabe nada da defesa dos interesses militares nacionais, fará no ministério da defesa?

O terceiro e último argumento é a atual posição do Brasil no cenário internacional. Com o crescimento econômico, o Brasil tem ganhado mais espaço no cenário diplomático internacional. No entanto, esse ganho de prestígio tem um preço a se pagar, ou seja, é preciso que o Brasil esteja pronto para defender seus interesses geopolíticos e estratégicos em território estrangeiro e, ao mesmo tempo, seja capaz de liderar missões de paz, humanitários e de outros níveis. O problema é que as forças armadas que Celso Amorim deseja montar (sem armas, sem dinheiro, sem equipamento, etc) não tem a menor condição de cumprir essas obrigações. A verdade é que o sonho do Brasil, grande nação, com influência mundial, pode estar destruído se realmente Celso Amorim se consolidar como ministro da defesa. Por incrível que pareça uma gestão de Celso Amorim, no ministério da defesa, poderá ser a pior derrota das forças armadas brasileiras. É por causa disso que se pergunta: o que um radical marxista, como Celso Amorim, que não sabe nada da defesa dos interesses militares nacionais, fará no ministério da defesa?


O Autor, (ivanaldosantos@yahoo.com.br) é Filósofo

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